segunda-feira, 23 de março de 2009

RETRATO REAL DOS DIAS DE HOJE


"...de tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
... o homem chega a desanimar da virtude,a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto…”

(autor: Ruy Barbosa, na foto ao lado)

quinta-feira, 19 de março de 2009

SÁBADO OU DOMINGO????

Por que o mandamento fala em sábado e nós guardamos o domingo?
O Senhor faz questão absoluta da observação do sábado, como vemos em Ez 20.10-24 e 22.26. Porém, nós guardamos o domingo. Por isso os adventistas nos acusam de desobedecer o mandamento e conseguem confundir muitos cristãos e levá-los para sua igreja.

Na realidade nós guardamos o sábado, o 4° mandamento. "Sábado" - shabbath no Hebraico - não é apenas o nome de um determinado dia da semana, embora tenha passado a ser em nosso calendário. A palavra sábado significa "descanso" e é o significado da palavra que tem importância no mandamento. Seria melhor compreendido o texto em português se os tradutores tivessem traduzido literalmente a palavra "shabbath" por "descanso". Ex 20.8 deveria ser traduzido assim: "Lembra-te do dia do descanso para o santificar".

O que o mandamento determina é que cada um de nós trabalhe durante SEIS dias e depois descanse UM, e esse será um dia de santificação.

O que acontece?

Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana hebraica e não no sétimo. Desde então os cristãos passaram a se reunir "no 1° dia da semana". Cristo apareceu pela primeira vez aos apóstolos reunidos, no primeiro dia da semana (Jo 20.19); tornou a aparecer a eles no primeiro dia da semana - "oito dias depois"- (Jo 20.26). Paulo passou sete dias, uma semana inteira, com os cristãos em Troas - At 20.6; portanto, passou com eles um dia de sábado do calendário judaico, mas foi "no 1° dia da semana" que todos se reuniram para realizar o culto e celebrar a Ceia do Senhor - "ajuntando-se os discípulos para partir o pão", como afirma o v. 7. Em 1Co 16.1-2, quando Paulo instruiu os cristãos de Corinto sobre a coleta destinada a socorrer os cristãos empobrecidos de Jerusalém, escreveu: "No l° dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar"; não era "por de parte no 1° dia da semana" e somente no sétimo dia, reunidos, levantarem a coleta - isso não teria sentido - mas o fato é que eles continuavam guardando o primeiro dia da semana, em comemoração semanal da ressurreição do Senhor, como fazemos até hoje. Tudo o que está prescrito por Deus com referência ao "sábado", ao "descanso" semanal, precisamos observar cuidadosamente no 1 ° dia da semana, pois este passou a ser o "sábado", o "descanso" dos cristãos. Nos seis dias anteriores estaremos trabalhando, estudando e fazendo toda a obra necessária.

Não temos que fazer como os judeus não-cristãos continuaram e continuam fazendo até hoje - e os adventistas os acompanham - guardando supersticiosamente e até com fanatismo o sábado marcado no calendário; mas guardá-lo na nova compreensão que nos foi dada por Cristo. Nosso "sábado" se dá no domingo ("dia do Senhor") e deve continuar sendo religiosamente observado, com inteligência, para ser um "sinal entre Deus e nós" - Ez 20.12.

Precisamos trabalhar seis dias e descansar um. E nesse dia do "descanso" fazer tudo visando a santificação pessoal e coletiva. Resta uma questão: quando um cristão, por causa de sua profissão e emprego, tem obrigação de trabalhar no domingo, como faz? Ele tem que ter um outro dia da semana para ser o seu sábado individual.

Há trabalhos que não podem cessar no domingo, nem no sábado do calendário: atendimento médico, policiamento, serviço dos bombeiros, usinas elétricas, e até o trabalho de certas indústrias; fornos das siderúrgicas não podem ser desaquecidos nem um dia da semana; as comunicações telefônicas, os transportes e outras serviços públicos. O cristão, por ser cristão, não pode negar-se a prestar o seu serviço, especialmente quando é um serviço essencial para o bem da comunidade, tornando-se um privilegiado, quando outros estarão trabalhando para ele.

É conveniente e necessário que o povo de Deus tenha o seu dia de descanso coletivo, e se reúna na Casa do Senhor para o serviço do culto, ensino e evangelização. Foi sempre assim (e não só depois de Constantino decretar -NR)

O cristão que for abrigado a trabalhar no domingo terá grandes dificuldades para guardar sozinho o seu "sábado" em outro dia, mas para seu próprio bem ele precisa faze-lo.

Convém fazer uma observação sobre a posição incoerente dos adventistas, que se negam a trabalhar no sábado judaico, que é deles também. Não trabalham no sábado, mas usufruem do trabalho dos outros.

Nos hospitais adventistas o trabalho é feito também aos sábados. Desse modo eles reconhecem que há trabalhos que não podem cessar, mas rejeitam o fato de que os cristãos dos tempos apostólicos passaram a se reunir no primeiro dia da semana, e afirmam que o domingo foi instituído pelo imperador Constantino, quando se tomou cristão.
Realmente, Constantino decretou que o dia do descanso no Império Romano passaria a ser o primeiro dia da semana judaica, mas o fez exatamente para apoiar e não para contrariar os cristãos, pois estes sempre, desde os tempos dos apóstolos, observavam o "shabbath" (descanso) no primeiro dia da semana, o "dia do Senhor". Ele também se tornara cristão.

Fonte: Pastor Rubens Osório - http://revrubensosorio.blogspot.com/